"Para que a memória não esqueça os que fizeram grande este pequeno Portugal"

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Egas Moniz


(Egas Moniz apresentando-se ao rei de Leão com a sua família
- Painel de Azulejo na Estação de S. Bento, Porto)


Rico-homem portucalense (1080 — 1146).
Foi a Egas Moniz, dito «o Aio», da linhagem dos Riba Douro uma das cinco grandes famílias do Entre-Douro-e-Minho condal do século XII, a quem Henrique de Borgonha, conde de Portucale confiou a educação do filho, Afonso Henriques, tarefa essa que lhe deu o cognome pelo qual é conhecido. Por esta altura Portucale era nominalmente dependente de Leão e Castela, então regidos pela rainha D. Urraca. Por morte desta em 1127, sucede-lhe no trono Afonso VII, o qual adopta o título de imperador de toda a Hispânia, procurando a vassalagem dos demais reinos, incluindo entre eles também o Condado Portucalense, que há muito demonstrava tendências autonomistas. Em 1128, Afonso Henriques, então com vinte anos, foi feito chefe dos barões que temiam a influência galega sobre Portucale e, forçado a batalhar contra as forças de sua mãe, Teresa de Leão, vence-as nos campos de São Mamede e assume a liderança política do condado. Pouco depois, Afonso VII vai por cerco a Guimarães, então sede política do condado, e exige um juramento de vassalagem a seu primo Afonso Henriques; Egas Moniz dirigiu-se ao imperador, comunicando-lhe que o primo aceitava a submissão. Contudo, depois de deslocar a sua capital para Coimbra (1131), Afonso Henriques sente-se com força para destruir os laços que o ligavam a Afonso VII; faz-lhe guerra e invade a Galiza, travando-se a batalha de Cerneja (1137), da qual saem vitoriosos os portucalenses. Como Afonso Henriques não cumpriu o acordado por seu aio, Egas Moniz, segundo reza a lenda, ao saber do sucedido, deslocou-se a Toledo, a capital imperial, descalço e com um baraço ao pescoço. Acompanhado da sua esposa e filhos, colocou ao dispor do imperador a sua vida e a dos seus, como penhor pela manutenção do juramento de fidelidade de nove anos antes. Diz-se que o imperador, comovido com tanta honra, o perdoou e mandou em paz de volta a Portucale. Está sepultado no Mosteiro de Paço de Sousa, do qual foi padroeiro; o seu túmulo representa precisamente este episódio lendário da sua ida a Toledo.

Descendência:
Do primeiro casamento com D. Dórdia Pais de Azevedo:
  • D. Lourenço Viegas
  • D. Afonso Viegas
  • D. Mem Viegas
  • D. Rodrigo Viegas
  • D. Hermígio Viegas
Do segundo casamento com D. Teresa Afonso:
  • D. Dórdia Viegas
  • D. Soeiro Viegas
  • D. Elvira Viegas
  • D. Urraca Viegas
(texto de “Egas Moniz, o aio" Wikipédia)
(imagem Wikipédia)

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