"Para que a memória não esqueça os que fizeram grande este pequeno Portugal"

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Tristão da Cunha

Navegador (século XV).
Fidalgo das Cortes de D. João II e de D. Manuel, era filho de D. Catarina de Albuquerque e de Nuno da Cunha, camareiro-mor do infante D. Fernando. Nomeado vice-rei da Índia, em 1505, não chegou a assumir o cargo, por ter ficado temporariamente cego, acabando por ser substituído por D. Francisco de Almeida. Já recuperado, em 1506 chefiou a esquadra em que seguia para a índia Afonso de Albuquerque. Nessa viagem descobriu, no Atlântico austral, o arquipélago que viria a ostentar o seu nome. Em seguida, fez o reconhecimento de Madagáscar, seguindo ao longo da costa de África, onde venceu os muçulmanos de Hoja e Brava, conquistando, pouco depois, a ilha de Socotorá aos árabes fartaques. Chegado à Índia, foi em socorro de Cananor, então cercada pelos muçulmanos, e participou nos combates de Calecute. Com grande quantidade de especiarias, pedrarias e aljôfar, regressou ao reino em 1508. Em 1513, recebeu a importante missão de chefiar a embaixada enviada por D. Manuel à Santa Sé, para prestar homenagem a Leão X, oferecendo-lhe vários produtos trazidos da Índia, a maior parte deles jóias. Partindo de Lisboa no início do ano seguinte, ficou célebre o exotismo dos presentes e a sumptuosidade do séquito, que incluía um elefante, além de outros animais. Sobreviveu a quatro dos seus filhos, todos mortos no Oriente ao serviço do reino.

(texto de “História de Portugal – Dicionário de Personalidades”)

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